sexta-feira, 20 de março de 2009

A parada do quartel novo - Songo/72


- Ainda vos lembrais "cambada" aonde eram as vossas "suites" reais? Acaso no "Resort" nºC ou nos nºs A, B ou D?

Claro que aquelas instalações eram dignas apenas de "gente fina" que era outra coisa. Os desgraçados dos graduados "morriam" em pequenos beliches, mais atrás, numas "caixas de fósforos" de cimento e que assavam quando o cacimbo dava lugar ao tórrido calor africano!

(Ar)reparai nos postes de iluminação, de linha moderna e já focalizados, pois mesmo no escuro, podia-se achar uma qualquer agulha em palheiro - como o último cêntimo do pré do mês - tal a intensidade das iluminárias!

Naquela parada aconteceram coisas interessantíssimas que dava para contar a noite inteira!

- Acaso alguém se lembra de algum episódio?

Ao lado esquerdo, havia o quiosque das cervejas, e mais atrás, os "laboratórios da Ferrugem" onde em câmbio negro se vendiam peças por atacado às viaturas dos civis e onde se misturava álcool etílico ao gasóleo para a corrida aos turras ser ainda mais rápida. Um pouco mais ao centro, a bela arquitectura em cimento com o nosso crachá da Companhia feito pelo alferes Tavares, o tal do motão à Keiser...

E mais lá ao fundo, as moderníssimas latrinas e cagadeiras "a la française" que exigiam dos seus utentes equilíbrios de circo para não se afundarem também com os "salchichões e as alheiras" dos ditos cujos...

Belos tempos!

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