domingo, 20 de fevereiro de 2011

"Recordar é viver" / Estórias recontadas da 3411

O terror da sanzala

Ele há coisas do diabo da breca que só contadas.
Estava eu de serviço ao aquartelamento do Songo quando sou chamado à porta de armas pelo cabo de serviço, pois o sentinela dizia que estavam à entrada do quartel umas bailundas da sanzala próxima que queriam falar com o capitão. Aproximei-me das ditas cujas e tentei saber do que se tratava:
- Então, o que é que há? - inquiri.
- Meu alfere, queria falar co sinhô capitã ... - como olhares vidrados.
- Mas então porquê? - insisto a tentar inteirar-me.
- Só falamu co sinhô capitã - renitentes na explicação.
-Bom... sendo assim, nada feito. Ou me dizem o que se passa ou ficamos por aqui pois o sr. capitão saíu. - faço intenção de desligar a conversa face à teimosia e dou meia volta. Perante a minha atitude, insiste uma delas:
- Meu alfére, é por causa do "bicho" do soldado!
- O quê? Que bicho?- interrogo-as demoradamente mas não obtenho qualquer resposta, senão apenas uns meio sorrisos quase envergonhados! Bem, eu vou ver se o sr. capitão já chegou - perante a falta de deslinde e com a conversa a levar a nenhures, tento passar o caso para o capitão que, na altura, estava na messe com uns amigos; digo-lhe do que se passa e este dá autorização para se dirigirem ao seu gabinete.
- Então, o que é que se passa? - inquire ele.
- Sô capitã, vimos qui pois o "bicho" do soldado faz muito mal na sanzala e nós stamu co medo!... olhares receosos.
- Mas que raio se passa com o cão do nosso soldado? - interroga o capitão.
- Nô é cão, sinhô, é o "bicho" do soldado qu'é grande e dói pessoa mesmo!... - olhares agora de pescada morta começam a irritar o chefe. Um cruzar de olhos entre o capitão e a minha pessoa leva-nos a conclusões precipitadamete precipitadas mas a entender que ali há marosca.
- Pôrra, expliquem-se, que também não percebo nada - atira o capitão. Passados uns minutos e cabisbaixas começam a deslizar as mãos para as suas partes pudendas por sobre umas saias demasiado atrevidas e logo remata a mais afoita:
- Sinhô, o soldado vai na sanzala e quando entra na cubata mete o "bicho" deste tamanho - gestos a medir o comprimento do dito cujo das "Caldas" para padrões fora do normal que provocam da nossa parte uns sorrisos malandros ao inusitado de tal medida - que dói mesmo ...
(com acenos afirmativos das outras duas, meio envergonhadas por terem também de participar naquele diálogo algo desagradável) E depois obriga nós a fazer o serviço co ameaça de faca de mato se a gente não quére - uma lágrima a escorrer rosto abaixo.
- Pronto, já percebi - tenta acalmá-las o capitão. Identificastes o soldado que faz isso?
- Si, sinhô capitã. É um piquini de carapinha loira - gestos a medir o metro e cinquenta do arguido, o que quase nos leva à sdua identificação.
- Pronto, o sr. alferes vai tratar do assunto e depois mando chamar-vos para confirmardes o soldado. Podeis ir.
(...)
Passados uns dias tivemos de confrontar o nosso "herói" com as queixosas e fizemo-lo prometer que estas coisas não funcionavam assim e muito menos daqueles modos. O capitão, meio sério, ameaçou-o de prisão e assustou-o de tal forma que lhe "faria encurtar a ferramenta" se continuasse com tais investidas.
Envergonhado, o nosso "D. Giovanni", saiu do gabinete, rabo entre pernas, por entre a chacota da caserna.
Remédio santo!

Lino Rei
In "Também eu estive lá..."

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Conhecer faz parte do viver ...


Numa de partilha, irei publicando, em alternativa, alguns roteiros turísticos com os meus ex-camaradas.

Sem qualquer pretensiosismo da minha parte, que não apenas o prazer pela fotografia e pelo vídeo, vou deixando alguns flashs que me ficaram na retina por alguns dos sítios que fui visitando, convicto que alguns de vós também já tereis viajado por muitos e variados azimutes.

Todo o material exposto, embora de puro amadorismo, é da minha pessoa e, como tal, vale o que vale e apenas pela intenção dessa mesma partilha.

Um abraço,

Lino Rei

MUSEU do VATICANO

Praça e Basílica de S. Pedro - Vaticano

ROMA - Cidade eterna

FLORENÇA - Sede do Renascimento

VENEZA - A vecchia signora

NÁPOLES - La città cantabile

POMPEIA - Ruínas

S. Gimignano/Carrara/Pádua