sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Moendo a fuba ...


Costumes algo desconhecidos para a nossa tropa, e de visita às aldeias da nossa circunscrição militar, deparávamos com estes belos quadros, onde a mãe de família provia ao sustento dos seus, por diversos meios.

Muitas vezes, estas famílias viviam num endividamento constante, lá na loja mais perto da sua aldeia e socorriam-se do que a mata dava.

A fuba era uma espécie de farinha de raíz de mandioca ou de milho com que se faziam as papas chamadas infunde, era como o nosso caldo e extremamente alimentar.

domingo, 3 de outubro de 2010

Pretinho em cesta de vime

Ternurento.
Um flash que dispensa palavras.
Algures, em Angola, numa das várias sanzalas, por aldeias do distrito do Songo, paredes-meias com a serra da Mucaba e onde a nossa tropa da C.C. 3411 fazia Acção Psicológica e Sanitária às populações autóctones.
Uns nascem em berços de ouro; outros, em berços de palha. Quem se sentirá mais feliz?
Que Angola se encontre a si própria, após longos anos de luta externa e interna e o progresso social e económico melhore as condições humanas dos seus filhos, espelhados no rosto de felicidade desta criança.
São os nossos votos.

Espólio fotográfico da 3411


Olá, cambada de (des)alcoólicos que, por via das circunstâncias, andai(de)s, agora, a água da torneira ou das pedras Vidago/Carvalheiros/Gerês e bebei-(l)a que vos há-de (a)fazer muito bem!

Pois, já que ninguém liga a isto de guerras - como isso fosse coisa do passado - estou em recordar-vos, aos vossos e meus descendentes, que "Também nós estivemos lá..." no Ultramar português, forçados pelas circunstâncias políticas do momento e que a que nos obrigaram "voluntariamente", sob pena de a PIDE andar à nossa procura para nos recambear. Em alternativa, a fuga para a estranja e conotados como "desertores" !...

Mas, para além das circunstâncias daquela guerra de guerrilha, esta foi ocasião para conhecermos malta da "pesada" com quem convivemos e com quem ainda hoje mantemos uma amizade especial que a vamos cimentando nos vários encontros, por esse país fora.

Como a melhor forma de minimizar a tragédia dos acontecimentos vivenciados que nos iam marcando a ferro e fogo é tentar "gozar" a situação com a comédia dos pequenos incidentes do dia-a-dia, iremos postar fotos da ocasião e que nos merecerão uma atenção especial ao momento em que elas foram retratadas.

O repórter-mor,

Laika Yachicka.