Era a passagem de ano 72/73 e trocavam-se os brindes do costume.
O pavilhão do Songo foi muitas vezes palco de vários eventos e festas das quais também participávamos. Aliás, África e Brasil sempre foram povos mais alegres que nós os continentais e "patrícios" e qualquer acontecimento comezinho era pretexto para o convívio. No continente ainda vivíamos numa certa taciturnidade do pós-guerra e desta mesma guerra colonial que se travava longe do torrão natal.
Paredes-meias com a nossa tropa, os fazendeiros também conviviam conosco e faziam-nos esquecer a farda militar. Nestes momentos, íamos ao fundo dos sacos de campanha desenterrar a "roupa à civil" que já estaria fora de moda mas que sempre nos aliviava os ombros para o merengue e outras danças de ocasião.
Naquelas horas esquecíamos a dureza da guerra e as saudades da família e aqui e ali "metíamos facada" nas nossas prometidas em pezinhos de dança que sairiam até pista fora...
Saudades desses tempos. Para recordar.
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