segunda-feira, 23 de junho de 2008

A inocência e a guerra


Há momentos que só podem ser captados pela objectiva.

Algures, numa aldeia indígena nas imediações de Quivuenga, em 1972, foi possível absorver a candura de uma criança embalada, quiçá, pelo cesto improvisado mais à mão, enquanto a progenitora venderia a mandioca ou a fuba, na feira improvisada da aldeia.

Hoje, a criança- homem (mulher) se ainda for viva, terá já os seus 36 anos. Cabe-nos perguntar o que pensará ela sobre a guerra que entretanto acabaria uns anos mais tarde com a descolonização. Para os seus, ainda se prolongaria por mais uns longos quinze anos, até que, finalmente, a paz acabasse por chegar à sua pequena aldeia e a Angola.

- E qual foi o nosso papel?

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