Já lá vão uns anitos mas este "boneco" dá uma ideia dos chalamaleques que eram estas visitas oficiais dos altos funcionários do Estado Novo às suas sub-regiões provinciais, de que o Songo fazia parte.
E para ser sincero, nem me lembra exactamente este momento épico senão mesmo pela captura real desta imagem em que também não poderia fugir pois lá fui representar a parte militar que era a nossa Companhia.
Repare-se na "T.V." ambulante para gravar tudo in loco. Na frente, para além do governador e respectivo adjunto, vai o administrador do Songo. Mais atrás, os capangas do costume como membros da extinta DGS (ex-pide), fazendeiros e a elite da altura. Porventura, iria também a petizada das escolas com as suas bandeirinhas rubro-verdes e a cantar talvez o "Angola é nossa..." e a "Portuguesa" nos seus "Contra os canhões, marchar, marchar...".
"Deus, Pátria e Família" eram então o baluarte em que assentava o Estado salazarista. Logo mais, apareceriam o Eusébio e a Amália.
Agora, temos o Sócrates. E basta!!!
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